sábado, julho 21, 2012

Economia brasileira cresceu com 'anabolizante', diz The Economist



Source: http://www.bbc.co.uk


Leia mais aqui: 10 Largest Economies in the World: 2012; Emerging markets: Dream on?; Credit in Brazil: Maxing out; Brazil's economy: A bull diminished; The B in BRICS: The Brazil backlash.

"Em clima de Olimpíadas, a revista britânica TheEconomist diz que o desempenho econômico recorde de alguns países emergentes na última década teria sido "à base de anabolizantes".

O artigo, publicado na edição desta sexta-feira e intitulado "A Grande Desaceleração", faz uma analogia com o atletismo, dizendo que, diante do crescimento econômico dos Brics, os países emergentes se notabilizaram como "os melhores velocistas do mundo".

Segundo a revista, a China "mal notou" as séries crises que fizeram "derrapar" os Estados Unidos e depois a Europa.
"Outras grandes nações desenvolvidas pausaram para respirar brevemente. Investidores apostaram pesado no crescimento rápido em mercados emergentes, enquanto líderes, de Pequim a Brasília, pregavam ao mundo as virtudes de seus modelos econômicos centrados no estado", diz a revista.
Os recentes desempenhos decepcionantes de China e Índia são sinais de que os "velocistas" da economia mundial começaram a "ofegar". "O Brasil virtualmente estagnou", diz a revista.
É nesse contexto, fazendo um retrospecto do bom momento vivido pelos emergentes antes da nova realidade, que a revista faz a analogia com o uso de drogas que melhoram o desempenho esportivo.
"Uma dessas drogas foi o apetite da China por matérias-primas, que criou uma explosão que sobrecarregou muitos mercados emergentes", diz o artigo.
No caso brasileiro, a droga usada teria sido "a oferta doméstica de crédito", realizada em grande parte pelos bancos estatais.
A publicação lamenta que a crise no mundo financeiro tenha sido interpretada como uma razão para manter um papel mais forte do estado: "No Brasil a empresa estatal petrolífera, Petrobras, e os bancos estatais têm se tornado subordinados às políticas governamentais".
"Ter tamanha influência sobre a economia é realmente útil durante a crise, mas em 'corridas longas' vai sufocar a concorrência, secar o capital do setor privado, deter o investimento estrangeiro e o novo, e alimentar a corrupção", defende o artigo.
Economist ainda aconselha uma manutenção da disciplina macroeconômica e o retorno às reformas microeconômicas como uma preparação para a "maratona", numa perspectiva de longo prazo."

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