domingo, setembro 18, 2011

Happy late-summer days in Croatia / Croacia and Montenegro

Split: Dubrovnik: Hvar: Montenegro: Zagreb

As minhas dicas da Croacia (Croatia) e de Montenegro.

Croatia (leia sobre o pais aqui), parte da ex Iuguslavia. Independente desde 1991, e com lembrancas frescas da rescente Guerra da Independecia, a Homeland War. Na lista de acesso a EU, o que particularmente acho uma pessima ideia. A moeda local se chama Kuna e 1 Kuna = (aprox.) 7 Euros. E a terra da gravata (cravat, em croata) e dos cachorros Dalmata. Com sua belissima Dalmatian Coast (Costa Dalmata?) de águas cristalinas. 1185 ilhas. Banhada pelo mar Adriatico. Já viu um porto de águas transparantes? La  todos sao assim. De konobas (restaurantes locais, de comida caseira) de sabores marcantes. Onde se produz vinho artesanal e os vizinhos se ajudam, a colher uvas, a ceifar alfazema, a coletar mel. Historia, arte, belas cidades, boa comida, sol e mar, misturando passado e presente de uma maneira genuina. O Mediterraneo, como ele ja foi. E eu amo isso!

Aviao, trem, onibus, ferry-boat, taxi, carro, barco. Todos os meios de transporte sao necessarios por la, porque ha muito a ver e fazer, como segue:

Só tem voo  direto de Basel para Split e acabei indo para la, apesar da minha viagem começar por Dubrovnik, 4 h de ônibus em direção sul.  Resulado, cheguei a Slipt em dia de mercado. Saltei do ônibus (que faz a ligacao aeroport - centro) e fui  passear no meio das cores e sabores das frutas e vegetais da estação,  das pessoas, das flores, da lavanda, do mel. Comprei uvas dulcíssimas,  pêssegos amarelos por dentro, do jeito que gosto e ameixas cheias de  sabor, alem de mel com amêndoas. Tinha azeite artesanal, produzido a frio, como deve ser, mas era tão artesanal que as embalagens eram garrafas pet e fiquei com medo de  quebrarem na viagem. Pensei em ir visitar o Diocletian's Palace, uma das ruinas romanas mais importantes e bem preservadas do mundo, mas estava ansiosa para chegar a Dubrovnik...

4 horas no ônibus, passaporte checado 2 vezes,  turista expulso pelo cobrador por não ter ticket (nunca vi isso nem na  Suica...), uma cantoria de turbo folk do motorista e do cobrador e uma bronca do cobrador por eu ter colocado o pe no banco (nunca levei bronca por fazer isso na Suica, e sim, tiro e sapato e nao, nao tenho xule)...  Hilário!!!

E eu, ansiosa para chegar...
                      
Abrindo um parenteses... Dubrovnik, a Perola do Adriatico, tem uma arquitetura riquissima! Mas se resume a  old town. Sao as muralhas medievais e as memorias da "Homeland war" quando da  desintregracao da ex Iuguslavia em 1991 e das atrocidades dos ataques  do exercício iuguslavo e da Serbia e Montenegro a Dubrovnik, destruindo grande parte da old twon. Há placas por todos os lados fazendo alusão a esta guerra e tambem memoriais dos defensores da  Croatia e tambem seus fundadores. O discurso das pessoas e  extremamente inflamado contra o restante dos países balkans. A old  town e belissima, mas super crowd. Os navios de cruzeiro despejam  centenas de turistas diariamnete, congestionando as ruelas medievais. E eu nao gosto nada de lugares super lotados! Socorro!!! Para evitar isto, nao fiquei hospedada em Dubrovnik (fujo de multidoes!) mas 12 km ao sul, em um resort na costa, o  Radisson Blu Resort e Spa, Dubrovnik Sun Gardens. Fica perto da Vila de Orasac, na Ribiera de  Dubrovnik. Acheio excelente, porque a costa e belíssima  (Dalmatian Coast), com paisagens de tirar o folego, o  resort tem uma excelente infra-estrutura, incluindo um spa premiado (Occo) e uma  praia particular que e uma delicia. Praia de pedrinhas, agua transparante, belissimas paisagens e super tranquila, onde a mussulmana pode  tranquilamente nadar de burca e a europeia pode nadar de top less (eu fiquei em pulgas para fotografar, mas achei um pouco invasivo. Enfim, nao fotografei este momento diversity).

Depois de 4 horas surreais, finalmente, cheguei a Dubrovnik. Corri ao hotel para deixar minha bagagem e voltei para a old town para um final de tarde delicioso.

Todos os guias dizem que a primeira coisa a se fazer e subir no cable car (teleferico)  para ver Dubrovnik do alto da montranha (Mt Srd) e depois caminhar pelas muralhas da cidade. Mas estava um calor danado, mesmo depois das 6 pm, e como era sabado, havia uma movimentacao interessante - musica, apresentacoes de danca, etc - entao decidi caminhar pela cidade e deixar o teleferico e a caminhada pelas muralhas para outro dia...

Comecando pelo Pile Gate, o bonito portao de entrada da old town, de 1537, com a imagem de St Blaise, o padroeiro da cidade abencoando os visitantes. Caminhada pela reluzente Placa ou Stradun como e carinhosamente chamanda pelos locais, feita com a bela pedra local (limestone) para uma visita a Onofrio Fountain, para bebericar um pouco de agua e fotografar as belas carrancas la esculpidas. Visita ao Monasterio Franciscano, a Sinagoga, ao Memorial dos Defensores de Dubrovnik, com direito a uma excplicacao inflamada sobre a Homeland War (triste!), a Catedral da Assuncao da Virgem, a Luza Square e a Torre do Relogio. Tudo ao por do sol, com uma bela lua a espreita.

Para acabar o primeiro dia, jantar no Taj  Mahal, de cozinha Bosnia. Lotadissimo, mas tive sorte, chegando antes da fila ficar enorme e depois gigante. E uma cozinha com bastante sabor, mas pesada. Lembra bastante a cozinha turca, com o uso dos mesmos ingredientes. O  Veseli Bosanac e o prato tradicional da casa - veal refogado com vegetais e cogumelos (uma especie de strogonof) envolto em uma massa.  As sobremesas pareciam excelentes, mas nao deu.

No domingo, uma duvida cruel... Aproveitar o resort ou ir conhecer alguma das ilhas proximas? O plano era visitar as ilhas Mljet ou Elatifi ou Lokrun, mas, mas, mas, ... ha dias que nao temos vontade de fazer nada... e o resort era tao agradavel... ficamos pela bela praia do hotel,  pela  piscina, com direito a pizza de prosciutto, funghi e rucola com vista para o Adriatico para o almoco, mais piscina, massagem super relaxante no Occo Spa e jantar delicioso no elegante restaurante do hotel: oleo de oliva da ilha de Korčula, creem cheese e tomate confit, tartar de atum, sea bass com linguini e Dubrovnik cake (nata e nozes).

E de repente... ja era segunda feira... dia de acordar as 7 da manha para visitar Montenegro (leia sobre o pais aqui). Outro dos paises resultantes da ex Iuguslavia. Pais candidato a EU e cuja a moeda e o Euro (bizarre!). Onde as montanhas encontram o mar. Belissimo! Aquela beleza rustica que faz tudo ser ainda mais belo. Um segredo MUITO bem guardado... mas o mundo o esta descobrindo!!! E a construcao do Porto Montenegro e um sinal disso... Tem as marcas do comunismo e do forte terremoto de algumas decadas atras, mas e tao bonito, mas tao bonito, que da vontade de ficar por la... Visitamos Perasta,  na Baya de Kotor, cidade protegida pela Unesco e a pequena ilha artificial de Our Lady of the Rocks, onde esta a igreja de mesmo nome, com belos afrescos, tabletes de prata em agradecimento a Nossa Senhora, um belo bordado de uma senhora local, cuja confeccao durou 25 anos enquanto esperava seu marido pescador voltar de uma viagem e que inclui fios de ouro e os proprios cabelos da bordadeira (estoria romantica!) e onde as noivas de todo o mundo deixam seus buques. Visitamos a bela, historica e tambem protegida pela UNESCO - Kotor e por fim Budva, um balneario de aguas refrescantes. Muito calor e muitas risadas.

Voltamos para Dubrovink, certos de que subiriamos o Mt Srd com o teleferico e caminhariamos nas muralhas, mas, mas, mas o calor era tanto e o cansaco era tanto que decidimos voltar para o hotel... para um delicioso arroz de frutos do mar e mais champagne com vista para o Adriatico e bolo de aniversario (Tks, Sun Gardens!).

Manha de piscina e hora de dizer adeus. Tao triste!!! E nao caminhei nas muralhas de Dubrovinik, mas convenci o motorista a me levar para ver Dubrovnik do alto.

E la fui eu para Hvar... 4 horas de onibus ate Slipt. La chegando, pensei novamente em ir visitar o Diocletian's Palace, mas estava ansiosa para chegar a Hvar... Quase duas horas no ultimo (!!!!) ferry-boat* do dia, ate Stari Grad e ônibus ate Hvar town e depois taxi ate o hotel (o que foi uma enganacao!!!!): 8 horas de Dubrovnik para  Hvar. Achei que era o ser mais estupido da Terra e tive a certeza que tinha feito uma  besteira! Isto ate ouvir as historias das outras pessoas para chegar a Hvar... A minha viagem  tinha sido a mais normal e a mais rápida... Voila!

*ferry-boats: www.jadrolinija.hr e www.viamare.com.

E por duas semanas, nao encontro o principe Harry e nem a Byonce. Oh, que pena!!

Fiquei hospedada no Amfora, hotel da decada de 70, renovado ha mais ou menos 4 anos. A decoracao e estranha e o banheiro alaga (nao so o meu, mas o de todos os hospedes com quem conversei), mas a piscina e boa. Nada de wow factor (a foto do site engana!) e me disseram que o Hotel Adriana e beeeem melhor. Outra opcao e alugar casa ou apartamento, cujos precos parecem ser bons.

E, de repente, ja era quarta feira... manha de piscina e de visita rapida ao centro de Hvar, para ir para o meu sunset sailing, uma experiencia super excitante. Velejar pelo Adriatico, ao  som do vento, com parada para diving e com direito a um  por do  sol absurdamente belo. Tarde maravilhosa de sol. Mar azul. Toni foi o  nosso capitão, velejador experiente, engenheiro que conhece o mundo  todo, mas preferiu deixar a vida na cidade grande para ser feliz em  Hvar (e lindo). Embarcaram comigo, uma australiana e seu marido  (lindo!) americano que vivem em Londres e um espanhol de Barcelona  fofo, que já viveu no Brasil e agora passa o tempo entre Londres e  Riyadh, na Arabia Saudita. Tudo muito bem, não fosse o vento que chegou a  30 nos (leia-se BEM forte!). Sou uma medrosa de carteirinha e quando o assunto e água, piora!  O barco inclinou muito, varias vezes. Sufoco!!! So relaxei quando Toni me  disse que agora podia enrolar seu cigarro. Ufa!!! E qdo o vento acalmou... enjoei muuuuito. Ok, o Toni foi um fofo. Cuidou de mim e  manteve todos super animados o tempo todo, com suas historias e bom  humor. Parou o barco em um lugar perfeito para mergulhar, abrimos uma  garrafa de vinho e celebramos a vida. E na volta, um por do sol  espetacular! Seguido de um jantar esptacular em um restaurante de slow food no centro e de um norueguês que decidiu que não podia  viver sem mim. Kkkkk. Cena hilaria! Noite hilaria!

Na quinta feira foi dia de Hvar off road: acordar cedo para uma off road trip no interior da  ilha... terraços, campos de lavanda (ja sem flor, a colheita e no  começo de julho), ruinas, oliveiras, lagar de azeite, sol, serra e  mar. Hortela, salvia e alecrim com cheiro e sabor de verdade. Vilas desertas, vilas habitadas, igrejinhas. Konoba Kotor, vegetais organicos produzidos la mesmo, carneiro tambem criado la e o melhor  polvo assado ever. Tudo preparado da maneira local: peta. Cozinhado em  seus sucos e com as ervas locais por horas. Slow food por excelencia, com a mesa posta a sombra de uma amendoeira. E na volta, ver a alegria da concierge do hotel por ver minha alegria. Isso eu  chamo de verdadeira hospitalidade!

Para completar o dia, por do sol a beira do Adriatico, quando o ceu se pinta de todos os tons de rosa. Espetaculo! Fugimos do agito do Hula Hula ao lado, para ver o por do sol em um bar  mais rustico, alguns metros a frente, o Falko. Bebericando mojito, feito com hortela cultivada no jardim ao lado. Ao som de Deep Purple, The Doors, Abba, Madonna, Zorba  (ooops, a Grecia fica ali ao lado), animando um bate papo interessante. Tao bom ver que os holofotes do mundo nao mais se concentram nos Estados Unidos... O Brasil e a Asia estao na moda!!! E e muito interessante  poder falar desse novo mundo aos europeus, sempre tao europeus... E  como se nao bastasse vinho local  artesanal e rakija tambem artesanal de frutos vermelhos,  docinha....  (Rakija, correting people! É uma brincadeira local, parafraseando o Nokia, connecting people). Nao sei como conseguimos  chegar ao centro... Entre o Falko e o centro ha uma promenade  enooorme, um espetaculo durante o dia, com as águas transparantes, mas  ainda mais a noite com a lua refletida nas aguas do mar. Mas ela e  enoooooeme! Jantar delicia de peixinho e mais vinho e mais bate papo.  Ninguem queria ir embora! Na verdade,  ir embora, pra que?! Resultado,  decidi extender minha estada em Hvar por mais um dia...

Outro dia ultra lazy... Levantar tarde, piscina, mais piscina e mais  piscina. O hotel e mais ou menos, mas a piscina e bem boa!! Hora de ir  passear no centro, coisa que ainda não tinha feito direito. E la fui eu, promenade abaixo, ouvindo o barulho do mar. Para contemplar a bela e rustica arquitetura de Hvar, passear nas lojas, almoçar, pensar na  vida, comprar pareos (lindos, que posso usar como lencos no outono), souveniers, leia-se mais oleo de lavanda de execelente qualidade e outros cacarecos, hand made, de preferencia. Depois do  almoço demorado, fui visitar a catedral de St Stefhan, onde esta a  cabeça do próprio. "St Stefan" esta aqui, dizia a elegante senhora que  cuida da igreja. E fui eu subindo ruelas ainda desertas, ate achar uma  konoba e ir espiar na porta da cozinha o preparo das deliciais locais que perfumavam os arredores. Vira ruela de la, vira ruela de ca e encontro o dono do Falko, que no dia anterior havia dito que ia apanhar uvas.  Estavam ele, o irmão e a mae fazendo vinho das uvas recem colhidas.  Vinho branco e tinto. A mae, sem falar uma palavra em Inglês logo se  apressou para buscar um copo e pediu ao filho que me servisse o suco, resultado da primeira etapa de preparo do vinho. Suco dulcíssimo, puro sabor de uva. Uma delicia! Não bastasse, a senhora foi buscar um cacho de uvas para mim e me levou para visitar os recipientes onde o vinho e  fermantado. E me mostrou onde se produz a rakjia, a mesma do dia anterior. Hospitalidade e gentileza não tem idoma!!! Tirei fotos e  agradeci muito a senhora e seus filhos e ao universo por este momento magico. E prometi ir ver o por do sol no Falko (nao pude ir aquele dia, ou seja, preciso voltar a Hvar...).

Hora de comprar a  passagem de ferryboat para voltar pra Slipt. Momento triste!!! Para  compensar, água fresca e mojito no Carpem Diem, para ver o sol, ouvir  o barulho do mar e sentir a brisa do Adriatico. Mais uma caminhada e  mais por do sol do outro lado do porto, perto do mosteiro franciscano.  E jantar em um restaurante escondido, o Dordota Vartal, loooonge dos  restaurantes de turistas. Comida deliciosa por um preço honesto. Camarão, lula e outro peixe que não lembro o nome com um sabor  incrível.
E chegou sabado... ferryboat rapido para Slipt, direito e so 1 h. Eba! Chegando a Slipt, pensei novamente em ir visitar o Diocletian's Palace, mas estava ansiosa para chegar a  Zagreb...

6 horas em um onibus onde o ar condicionado nao deu conta do calor. Sucursal do inferno!!!!!!!!! Quase pedi para sair, mas nao achei uma boa ideia ficar no meio do nada na Croatia... Melhor enfrentar o calor e alem do mais tinha um moco bem simpatico me dando suporte moral.

E valeu muito a pena o sufoco para chegar a Zagreb. Uma cidade ainda com as cicatrizes do comunismo, mas colorida, de uma  bela arquitetura, fachadas riquissimas, predios de red brick  (ja sei onde NY se inspirou!!!), art deco, a imponente catedral neo gótica, o Dolac Market com suas características  sombrinhas vermelhas. Seus cafés, para ver as horas passar sem pressa,  como o elegante Gradska Kavana (Trg Bana Josipa Jelačića , 9) na praça principal, com um cafe excelente e uma das melhores tortas ever: massa delicada de biscoito e caramelo, creme de baunilha, frutas  secas, figo, nada doce, delicioso! Meseus interessantes e alguns inusitados, como o Museum of Broken Relationships, cheio de objetos e estorias de relacionamentos terminasdos. Hilario e de tao inusitado ganhou o Kenneth Hudson Award 2011, como o museu mais inovador da Europa. Maybe, because we love break ups, lol. Detalhe, voce pode visitar a colecao virtual e tambem pode se tornar um doador, do que for, objetos, mensagens, etc.

Em Zagreb, fiquei no Best Western Premier Hotel Astoria (Petrinjska 71, Zagreb). Excelente cafe da manha. Boa localizacao e excelente preco.

Em resumo, na Croatia so visitei Dubrovnik, Hvar e Zagreb, ou seja, quase nada daquilo que a Croatia tem para oferecer.

Voltarei e estao na lista: Plitvice Lakes National Park, Diocletian's Palace em Split, a ilha de Trogir proximo a Slipt, a ilha de Lokrun e o por do sol no Falko, em Hvar.

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